Publicado enAño 32 Núm. 349 Puntos de encuentro
Ilegalismos, desigualdades e mercados: reflexões a partir das trajetórias de carros roubados em São Paulo
Estamos na grande São Paulo, centro financeiro do Brasil – região que se projeta como “o motor do desenvolvimento econômico” em um país “subdesenvolvido”. Em uma manhã comum, o engenheiro agrônomo João estaciona seu carro, um Hyundai HB20 ano 2014, nas proximidades de uma estação de trem em Osasco (oeste da Região Metropolitana de São Paulo). Para economizar tempo e evitar congestionamentos, João pega o trem para ir trabalhar. Em um curto intervalo de tempo, o veículo é furtado por Grandão, experiente ladrão de carros, em uma ação que durou poucos segundos e não envolveu uso de armas ou qualquer tipo de confronto violento. O veículo possuía seguro, e foi localizado alguns dias depois por um caçador[4] contratado pela seguradora. Depois de recuperado, o veículo foi posto à venda em um leilão. João foi indenizado e com o dinheiro recebido comprou outro veículo (que foi, novamente, segurado).